Apresentação
O Diácono Fernandes, neste seu livro "Reflexões para a
santidade", quer partilhar com todos a sua experiência de vida como cristão, pai de família e diácono permanente da Santa Mãe Igreja.
De modo simples e coloquial vai descrevendo o seu itinerário de fé, sob vários temas, a partir de seu envolvimento e compromisso como homem de Igreja na família, em sua atividade profissional e na Comunidade Eclesial. Sua experiência é enriquecida por uma espiritualidade construída ao longo de um percurso existencial marcado por uma sólida formação humana e cristã, comprometida com o seguimento de Jesus em Comunidade e na construção do Reino de Deus.
Este livro é uma caixa de boas sementes. Que elas encontrem
terreno bom e fecundo.
Dom Frei Antônio Roberto Cavuto
Bispo Diocesano de Itapipoca e Referencial da CNBB NE1 para os Ministérios Ordenados
Sumário
Apresentação |
7 |
A Graça de Deus |
9 |
A Força de Deus |
11 |
A Serenidade |
13 |
A Franqueza |
15 |
Seja Verdadeiro (A) |
17 |
O Amor |
19 |
Ser Criança |
21 |
Sede Santo Como Vosso Pai é Santo |
23 |
Os Santos: Nossos Mestres |
25 |
Viver Como Santo |
27 |
O Santo de Cada Época |
29 |
A Construção da Santidade |
31 |
Povo e Igreja |
34 |
O Amor que Constrói |
36 |
Revendo Seu Interior |
38 |
Caminhos Diferentes para Chegar a Deus |
40 |
A Vida |
42 |
Descobrindo os Caminhos do Céu |
45 |
Purificando o Coração |
47 |
Uma Parceria com Deus |
50 |
Orar Sem Rezar |
53 |
Curando o Seu Interior |
55 |
As Forças do Coração |
57 |
Caminhos |
59 |
Uma Vida para Servir |
61 |
Viver em Comunidade |
63 |
Procurando Jesus |
65 |
Oferecendo Rosas |
68 |
Procurando o Céu |
70 |
Precisamos Uns dos Outros |
73 |
Auxílios Divinos |
75 |
Aprenda a Olhar |
78 |
O Pecado |
81 |
Continuar o Caminho de Jesus |
85 |
Sábio Como Jesus |
88 |
Família: Meio de Transformação |
90 |
O Prazer de Viver |
93 |
Alegria de Deus |
95 |
O Lado Bom da Vida |
97 |
A Beleza que Vem do Alto |
100 |
Onde Está Jes
|
102 |
Ser Criança
O Reino de Deus traz sempre surpresas que nos encantam. Impressiona-me muito como as coisas boas do Reino estão sempre na contramão. Andar na contramão como Jesus andou é necessário.
É o que vemos na virtude de ser criança. Será isso uma virtude? Parece que nem nome tem. Mas Jesus a coloca como uma virtude fundamental. A nós, adultos, interessa a maturidade, a grandeza da personalidade e a plenitude do ser humano. Jesus diz que a grandeza está em ser como a criança, que não tem máscaras, não pensa mais do que é, simplesmente acolhe. Por isso Jesus afirma que “aquele que não receber o Reino de Deus como criança, não entrará nele” (Mc 10, 15).
Para isso exige-se a conversão, a mudança radical: “Se não mudardes, e não vos tornardes como criancinhas, de modo nenhum entrarão no Reino dos Céus” (Mt 18, 3). Qual é a virtude dos pequeninos? Continua Jesus: “Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus” (Mt 18, 4).
É isso que acontece com Maria, a pequenina grande do Reino: “Deus olhou a humildade de sua serva... Ele exaltou os humildes” (Lc 1, 48-52) Jesus identifica-se com as crianças: “Quem recebe um menino como este, em meu nome, é a mim que recebe” (Mt 18, 5). A virtude de ser criança exige uma maturidade imensa.
Jesus é modelo também desta virtude. Diante do Pai, Ele se faz pequenino e se relaciona com o Pai como uma criancinha: Jesus chama Deus de Abbá que, em hebraico, significa “papai”. É diminutivo de Ab, que significa “Pai”. Jesus era fascinado por seu Pai como uma criança que confia, amae sente segurança. Para ela, o Pai sempre é o maior. Pelo Evangelho, notamos esta virtude na vida de Jesus. No último momento, no maior desespero, na noite total, Ele se joga cegamente nos braços do Pai: “Em vossas mãos entrego meu espírito” (Lc 23, 46).
A Igreja sempre teve um carinho especial pelas crianças (infelizmente muitas comunidades e sacerdotes não se preocupam com o acolhimento das crianças). Além de acolher a criança, é preciso criar em nós a espiritualidade da infância espiritual, que é tão apreciada
O pequeno caminho é o amor. A maior obra do amor é amar como crianças, com totalidade no que é pequeno. Amaremos e respeitaremos Deus como nosso Pai se nosso amor a Ele se traduzir no amor recíproco.
Por isso precisamos mudar nossa mentalidade e, ao apelo do Reino, nos convertermos em criancinhas. ( livro com o autor e livrarias: Vozes, Ave-Maria e Dom Bosco)