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A INTIMIDADE COM O SENHOR
A INTIMIDADE COM O SENHOR

A INTIMIDADE COM O SENHOR

 

             Para ser íntimo do Senhor é preciso se apaixonar por Ele, enamorar-se Dele. No entanto, esse namoro não é privilégio nosso, pois a iniciativa é sempre do Senhor Jesus. Nós só precisamos corresponder. Como? Dando um copo com água, por exemplo: “Significa muito pouco oferecer um copo com água para quem tem sede, no entanto, tem o mesmo valor de um sorriso amigo a quem vive triste, de uma palavra de esperança para quem vive desanimado, de uma mão estendida àquele que caiu e se encontra à margem da vida. Um copo com água equivale a um ato de acolhida a um gesto de perdão, ao abraço de reconciliação que faz ressurgir a felicidade. Matar a sede, reavivar a esperança, fazer renascer a vida, reaproximar o irmão são provas de que o amor existe!” (P. Walter Maurício)        O mundo carece desses gestos, que infelizmente parecem tão difíceis. O Senhor Jesus espera ansioso por essa intimidade que muitas vezes não acontece. E, não acontecendo, o que parecia opcional passou a ser ingratidão.

               Jesus pagou pelos nossos pecados! Esta certeza dá a cada fiel as condições de viver em sua vida a Sua Ressurreição. Jesus dá a Vida para aquele que crê. A Encarnação de Jesus é a expressão mais completa da vontade do Pai, que quis nos dar a participar de sua Vida que é comunhão.

               Participamos de Deus naquilo que Ele é e no que quer para todos: Vida Plena. O amor de Deus é a realidade que atravessa a vida e os gestos de Jesus. O gesto de Deus Pai, enviando seu Filho ao mundo, não acontece por nossos méritos, como se fosse uma obrigação de Deus. O amor de Deus é gratuito, antes mesmo de merecermos, como escreve S. João: “Nisto está o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou, e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.” (1 Jo 4, 10) Ele pagou pelos nossos pecados. A missão redentora não termina no documento de condenação contra nós, rasgado por sua morte na cruz, como escreve S. Paulo: “Apagou, em detrimento das ordens legais, o título de dívida, cujas condições nos eram desfavoráveis, e o suprimiu, pregando-o na cruz.” (Cl 2, 14)

             A   missão vai ao amor que conduz Jesus a esse gesto. Não se trata de um acerto de contas, mas da abertura de uma vida que tem início na Ressurreição. Se a morte foi o extremo amor, a Ressurreição é a consagração do amor como Vida Nova. É o ponto de partida. A morte na Cruz é obra dos homens que recusaram o Filho, como Ele explica na parábola dos vinhateiros maus (Mt 21, 33-45). A Ressurreição é obra do amor do Pai. É nesse amor que o Filho mergulha na morte. Na Ressurreição, recebe do Pai a Vida, que é a continuação do amor eterno. Na Ressurreição nasce o mundo novo que encontra sentido em sua união ao Filho.

              A partir da Ressurreição do Filho de Deus, nossa vida, como a vida de todo o Universo, recebe uma nova maneira de ser e de encaminhar. Toda a carne ressuscita com Ele, pois está unida a Jesus. Na medida em que cada um assume essa realidade, seu modo de vida passa a ser novo, pois tem a novidade em si.

                Nossa ressurreição com Cristo acontece no Batismo. Nele, decidimos viver ressuscitados. Escreve Paulo: “Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” (Cl 3, 1)

             Há um novo ponto de partida e um novo modo de viver. O ponto de partida é a Ressurreição, de onde vem a Vida. O novo modo de viver é assumir o modo que Ele escolheu para si: “Aquele que diz permanecer Nele deve também andar como Ele andou.” (1 Jo 2, 6) Pedro diz que “Ele passou entre nós fazendo o bem.” (At 10, 38) Nós temos o mandamento do amor, as bem-aventuranças e, em síntese, todo o Evangelho. Jesus diz: “Todo aquele que me ama, guardará minha Palavra.” (Jo 14, 23)

             A decisão por Cristo é vida para o mundo. Nossa fé na Ressurreição não é individual e intimista, mas segue o próprio modo de Jesus: “Eu falo o que ouvi junto do Pai.” (Jo 8, 38) O que vimos, aprendemos e recebemos de Cristo, que é Vida e Palavra, nós colocaremos em ação para que outros e o mundo possam participar das energias da Ressurreição Dele. Para que todos possam “conhecer e experimentar a força de sua Ressurreição.” (Fl 3, 10) É em sua força que poderemos exercer a influência transformadora no mundo e no coração das pessoas para uma vida nova.

              Se escolhermos Cristo, escolheremos seu modo de servir. O serviço de Cristo é o serviço do amor. Ama aquele que dá a vida. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida.” (Jo 15, 13) Na escolha do caminho a seguir, nós escolhemos AMOR como vocação. Deus nos chama para amar. Por isso cantamos: “A maior vocação é amar”. A opção por Cristo, como razão da vida, inclui o evangelho do amor. Amar é o modo de corresponder ao chamado de Cristo. Seu amor era total e concreto, e não uma teoria. Amou dando a vida. Esse amor penetrava todos seus atos. Quando dizemos que sentiu compaixão da multidão (Mt 15, 32), dizemos que seu amor O conduzia a sentir a necessidade do povo. Por isso fazia os milagres e acolhia as pessoas. Ninguém jamais amou como esse homem